A
história do surgimento da Paróquia
Santa Rosa de Lima, em Perus, inicia-se no começo
do século 20, por volta do ano 1903.
Nessa época não havia praticamente
nenhum morador em Perus, mas um casal mudou-se
para cá e a esposa era devota de Santa
Rosa de Lima, a qual trouxe uma imagem da santa.
Nessa região havia uma capela com uma
imagem de Nossa Senhora Auxiliadora, a qual
na época era venerada pelos moradores.
Com o tempo e por insistência do casal
a imagem de Santa Rosa também foi colocada
na capela, e com isso a paróquia começou
a ser chamada por esse nome, sendo considerada
padroeira do bairro de Perus posteriormente.
A área, não sendo paróquia
ainda, pertenceu à cidade de São
Paulo e no decorrer do tempo fez parte de paróquias
já formadas, como Cajamar, mas tinha
ligações também com a Freguesia
do Ó.
No ano de 1940
a Paróquia Santa Rosa de Lima foi construída.
A partir da sua criação como paróquia
começou uma estabilidade maior dos responsáveis
pela pastoral. Mesmo assim, no início,
ainda houve muitas mudanças, como por
exemplo o fato de não haver um padre
fixo. Isso mudou completamente com a vinda do
Pe. Francisco Ecker, austríaco, que veio
de Taubaté para cá. Essa mudança
em termos de estabilidade foi ainda maior com
a vinda dos monfortinos (smm), em 1966, uma
congregação fundada em 1716, na
França.
A
antiga igreja foi demolida, pois era pequena
demais para o povo que começou a aumentar,
dando lugar a uma nova. A construção
da nova igreja já tinha começado
e os primeiros monfortinos a terminaram, invertendo
a planta. A primeira planta da igreja como conhecemos
hoje era da seguinte maneira: casa paroquial
e salas embaixo e a igreja em cima. Ficou decidido
inverter essa construção com igreja
embaixo e casa paroquial em cima, como é
atualmente.
O primeiro pároco
monfortino da Paróquia Santa Rosa de
Lima foi o Pe. Guilherme Kuypers (1966-1972)
que veio para cá vindo de Moçambique,
com 70 anos de idade. Em seguida foram nomeados
Pe. Carlos Knibbeler (1972-1975), Pe. Pedrinho
Stevens (1975-1985) e Pe. Matheus Vroemen (1985
até hoje).
No início
a pastoral era bem tradicional, ligada à
famílias tradicionais. Na época
ocorreu o Concílio Vaticano II, terminado
em 1965, quando houve mudanças na liturgia,
na administração dos sacramentos,
na pastoral, na área social e política.
Naquele tempo também houve a greve da
fábrica de cimento Portland que durou
7 anos e o surgimento das Comunidades Eclesiais
de Base (CEB's) a partir de 1973. A primeira
CEB do bairro de Perus foi a João XXIII,
fundada em 1973, no Jardim do Russo, e a última
(até agora) foi a Sagrada Família,
fundada em 2008, no Jardim Adelfiore, completando
assim 9 comunidades. Em breve haverá
a 10ª, que provavelmente surgirá
perto dos prédios de CDHU e COHAB. Foi
a época ainda da fundação
da creche que começou em 1968 e que acolheu
crianças de famílias pobres até
o ano de 1996.
Na liturgia
houve também a grande mudança
da introdução da língua
portuguesa no lugar do latim e também
da criação do ministério
dos leigos para batismo, eucaristia e celebração
da palavra. Hoje há um total de 35 ministros,
sendo 3 ministros de batismo, 25 ministros de
eucaristia e7 ministros da palavra.
A
paróquia foi uma das primeiras a trabalhar
com um Conselho Paroquial, do qual participam
leigos engajados na pastoral junto com os padres.
É uma plataforma formada por representantes
de todas as camadas da paróquia para
conversar sobre assuntos pastorais e para chegar
a conclusões e decisões práticas
sobre liturgia, ação social, construções
e reformas, início de nova(s) comunidade(s),
compra de terrenos, organização
de festas, catequese, finanças e outras
ações. Há ainda o Conselho
dos Coordenadores que trata mais especificamente
de assuntos relacionados às CEB's e que
tem como membros os coordenadores e vice-coordenadores
de todas as CEB's.